terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Krenák


Os Krenák ou Borun constituem-se nos últimos Botocudos do Leste, nome pejorativo atribuído pelos portugueses no final do século XVIII aos grupos que usavam botoques auriculares e labiais. São conhecidos também por Aimorés, nominação dada pelos Tupí.
Encontram-se principalmente em Minas Gerais, entre as cidades de Resplendor e Conselheiro Pena, na margem esquerda do Rio Doce. Perderam territórios em conflitos com os portugueses. Em 1920 tiveram um território demarcado pelo governo, que logo foi invadido por fazendeiros.
Os índios Krenak desafiaram todas as iniciativas de pacificação, levando D. João VI a decretar contra eles, uma guerra de extermínio do sec. XIX. Foram também o último grupo a negociar com as autoridades governamentais seu processo de "pacificação" e "civilização", ocorrido logo no início dos trabalhos do recém-inaugurado Serviço de Proteção aos Índios e Localização de Trabalhadores Nacionais, em 1911.
Registravam uma população de cinco mil pessoas no início do século XX, número que se reduziu a 600 na década de 1920 e a 130 indivíduos em 1989. Atualmente, três famílias extensas – compostas por membros de origens étnicas distintas – conformam uma população de aproximadamente 32 famílias, que compreendem cerca de 350 indivíduos (FUNASA, 2010), divididos em três aldeias.

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